muita gente discorda das ideias políticas de Luciana Genro, que não foi reeleita para a Câmara Federal, apesar da extraordinária votação que recebeu, porque o PSOL não alcançou o coeficiente no RS. Mas não conheço quem não a respeite e reconheça sua integridade pessoal, assim como a seriedade, a honestidade, a dedicação com que se entrega à defesa de suas ideias. Contudo, a revista Veja mais uma vez surpreende e ataca a correção de quem menos mereceria essa atitude. Por isso, em homenagem a seu passado e a seu futuro, faço questão de reproduzir, abaixo, a carta aberta que Luciana escreveu.
Carta aberta de Luciana Genro
O Projeto Emancipa já é um sucesso. As incrições ainda não terminaram, mas já temos mais inscritos do que as 100 vagas disponíveis. O apoio que temos recebido é enorme. Este apoio se expressou inclusive na imprensa gaúcha, que através de vários comunicadores e jornalistas ajudou a divulgar o projeto pela sua relevância social, não se prestando a reproduzir as "denúncias" da revista Veja . Todos sabem da lacuna existente na preparação dos jovens oriundos das escolas públicas que desejam entrar na universidade. Então, quem poderia querer detonar um projeto que oferece preparação para o vestibular e o Enem GRATUITAMENTE para estudantes de escolas públicas? Aqui no Rio Grande do Sul, só os "viúvos" de Yeda Crusius.
Entretanto, em respeito às pessoas que me apoiam e respeitam e que têm sido questionadas por quem não conhece a minha trajetória, esclareço:
- Vou processar a revista Veja por danos morais, visto que o jornalista que assina a matéria sequer me ouviu, publicando uma reportagem absolutamente fantasiosa sobre o Projeto Emancipa, coordenado por mim no Rio Grande do Sul.
- A Secretaria de Educação não me concedeu nenhum privilégio como insinua a reportagem. A direção do Colégio Júlio de Castilhos, assim como outras escolas estaduais, proporciona a execução de diversos projetos nas suas dependências. O Emancipa é um deles e paga à escola R$ 600,00 por mês pelas duas salas.
- A cota de patrocínios do Emancipa está fechada com 5 empresas e não estamos em busca de mais patrocinadores como mentirosamente afirma a reportagem.
- Quanto à afirmação de que "Luciana, que na política criticava o pai, na vida empresarial usa de seu prestígio para lucrar", quem terá que se explicar é a Veja. E terá que fazê-lo no Justiça. Primeiro, porque não estou "lucrando" e nem sequer estou na "vida empresarial". O Emancipa não é uma empresa e não pode dar lucro. Não é por que deixei de ser deputada que vou abrir mão de realizar atividades socialmente relevantes, mesmo que de forma privada, mas que respondam a interesses coletivos. Quanto ao suposto uso do prestígio do meu pai, Tarso Genro, minha trajetória me autoriza a ter certeza que os parceiros do Emancipa avaliaram em primeiro lugar o meu próprio prestígio para decidir pela participação no projeto.
Luciana Genro - Coordenadora do Projeto Emancipa-RS